sábado, 15 de agosto de 2009

meu perfil junguiano

Em 1927, Carl Jung lança um de seus livros, “Tipos Psicológicos”, onde ele categoriza seus pacientes, e em conseqüência os seres humanos, em 3 critérios, que poderiam assumir duas posições opostas, criando oito tipos de personalidade diferentes. Ele não aprofunda muito seus estudos, pois seus métodos, apesar de ter conclusões fantásticas, eram talvez um pouco esotérico demais. Na década de 50, duas moças, Katherine Briggs Myers e sua filha Isabel Briggs Myers, que eram diretoras de uma fábrica nos EUA, após a Segunda Guerra Mundial, tiveram que contratar várias mulheres, no lugar dos homens que saíram para o front. Elas começaram a observar grandes diferenças de comportamento entre eles. Conheciam o trabalho de Jung, então pensaram um desenvolver um indicador (teste não, pois não eram psicólogas, nem psicometristas) que pudesse captar os tipos psicológicos nas pessoas, para que se pudesse encaixá-las dentro dos diferentes tipos psicológicos, para entender suas expectativas, comportamento, entre outras características descritas por Jung. Estudando um pouco mais da teoria, e aplicando na prática, elas identificaram que havia mais um fator em jogo, que alterava então toda a estrutura dos outros três. Deu-se então em 16 tipos, organizados pelos critérios: Extroversão/Introversão, Sensação/Intuição, Pensamento/Sentimento e Julgamento/Percepção. O interessante é perceber que as palavras assumem características diferentes do que é usado normalmente (exemplo: extroversão). Elas então criaram o indicador e chamaram-no de Myers Briggs Type Indicator, que é como ele é conhecido hoje em dia.
Segue abaixo uma rápida explanação sobre meu perfil, que é INFP:
I - introvertido - São energizados quando despendem o tempo sozinhos.Gostam de concentrar sua energia no mundo interno das idéias e pensamentos;
N - intuitivos - Tentam entender as conexões, significados e implicações. São pessoas mais imaginativas e criativas;
F - sentimentais - Tomam as decisões baseados em como se sentem acerca do assunto e como os outros serão afetados. Valorizam a empatia e a harmonia; vêem a exceção para a regra;
P - perceptivos - São mais felizes deixando as suas opções abertas. Tendem a sentirem-se ansiosos e inseguros ao tomarem decisões.
Na década de 70, David Keirsey, psicólogo americano, lançou um livro com um nome não muito pretensioso, pelo menos para os acadêmicos: “Please Understand Me”. Neste livro, ele criou um desses subgrupos que citei acima, que ele veio chamar de Temperamentos. O modelo utilizado para os 4 temperamentos (contendo 4 tipos cada um), já havia sido usado no campo da filosofia, desde Galeno, e os gregos antigos, alguns até um pouco conhecidos, como Platão e Aristóteles.
Este modelo do Keirsey uniu a teoria levantada por Jung, o critério extra desenvolvido pela família Myers Briggs e também a idéia delas do indicador, mais a teoria dos Temperamentos que vinha carregando diferentes nomes na psicologia, e definiu os quatro Temperamentos, que são definidos pela presença de duas letras específicas no tipo das pessoas:
Intuitivo Sentimental (chamados Idealistas) – Os NFs acreditam que a cooperação amigável é a melhor forma para que as pessoas atinjam os seus objetivos. Eles sonham em remover os muros de egoísmo e conflito que dividem as pessoas e têm um talento único para ajudar as pessoas a resolver as suas diferenças e assim trabalharem juntas. Tal harmonia interpessoal poderia ser um ideal romântico, mas os NFs são românticos incuráveis que preferem concentrarem-se no que poderia ser em vez do que no que é.

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